O arranque do novo programa artístico do CIAJG é assinalado pela inauguração de oito exposições inéditas com intervenção de artistas de várias origens e novos diálogos com a coleção permanente do artista José de Guimarães, encontros, debates, conversas, sessões de cinema e performances musicais que irão marcar a atividade dos próximos meses do museu, na construção coletiva de sentidos sobre o passado, o presente e o futuro.
Com o título Nas margens da ficção, este novo programa artístico, que decorrerá até 2023, é da responsabilidade da nova curadora geral do CIAJG, Marta Mestre, e sucede a para além da história, programa que completou oito anos (2012-2020) e teve a autoria de Nuno Faria. Nas margens da ficção debruça-se sobre o fazer ficcional da arte e remete para a polifonia e o emaranhado de vozes, muitas vezes contraditórias, que disputam o museu, caminhando para dar margem à ficção através de uma imaginação que se dirige para o real e o regenera. Reativando o contar e o narrar, o programa convoca formas de conhecimento esquecidas ou em desuso, especulações digitais, tradições orais, construções mitológicas, fábulas, especulações.
“Trata-se de reativar as formas simples e ‘impuras’ de narração, marginalizadas e desqualificadas pelo projeto moderno-capitalista. Num mundo onde as crises são permanentes e anestesiam a nossa capacidade de resposta, importa estabelecer outras ferramentas de ação. Usar intensivamente a ficção no rearranjo entre nós e os outros e experimentar formas de existirmos juntos é uma forma de reescrever a gramática do museu, questionando os seus processos de seleção e exclusão. O museu é a máquina, a engrenagem, deste fazer ficcional e narrativo. Espaço tradicional da purificação dos discursos, mas também da fratura entre objetos, subjetividades e ideias, importa repensá-lo.” refere Marta Mestre.
Estas ideias serão exploradas ao longo dos próximos três anos através de um programa em construção, aberto e plural, que aponta linhas de pesquisa suficientemente flexíveis, convocando a imagem de um coro de vozes. Não necessariamente afinado por uma métrica perfeita, mas polifónico. Convidando e encorajando diferentes modos de escuta.
Foto: direitos reservados
Com o título Nas margens da ficção, este novo programa artístico, que decorrerá até 2023, é da responsabilidade da nova curadora geral do CIAJG, Marta Mestre, e sucede a para além da história, programa que completou oito anos (2012-2020) e teve a autoria de Nuno Faria. Nas margens da ficção debruça-se sobre o fazer ficcional da arte e remete para a polifonia e o emaranhado de vozes, muitas vezes contraditórias, que disputam o museu, caminhando para dar margem à ficção através de uma imaginação que se dirige para o real e o regenera. Reativando o contar e o narrar, o programa convoca formas de conhecimento esquecidas ou em desuso, especulações digitais, tradições orais, construções mitológicas, fábulas, especulações.
“Trata-se de reativar as formas simples e ‘impuras’ de narração, marginalizadas e desqualificadas pelo projeto moderno-capitalista. Num mundo onde as crises são permanentes e anestesiam a nossa capacidade de resposta, importa estabelecer outras ferramentas de ação. Usar intensivamente a ficção no rearranjo entre nós e os outros e experimentar formas de existirmos juntos é uma forma de reescrever a gramática do museu, questionando os seus processos de seleção e exclusão. O museu é a máquina, a engrenagem, deste fazer ficcional e narrativo. Espaço tradicional da purificação dos discursos, mas também da fratura entre objetos, subjetividades e ideias, importa repensá-lo.” refere Marta Mestre.
Estas ideias serão exploradas ao longo dos próximos três anos através de um programa em construção, aberto e plural, que aponta linhas de pesquisa suficientemente flexíveis, convocando a imagem de um coro de vozes. Não necessariamente afinado por uma métrica perfeita, mas polifónico. Convidando e encorajando diferentes modos de escuta.
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