Podemos chamá-lo de Trilho da Terra e do Céu, tais são as alturas a que subimos e as profundidades a que descemos. Mas vale a pena o esforço. Compensa como uma nascente de água fresca quando o deserto cansa e a sede abrasa.
Do alto da capela de Santa Bárbara o olhar foge para a lonjura das cumeadas, que se perdem em gradações de cinzas e azuis, e delas regressa contrafeito. Com ele leva a imaginação e o sonho que alimentam a fantasia do partir à descoberta. Vila Real vê-se numa espécie de vista de pássaro em aproximação.
Os vinhedos e os olivais desenham os sulcos do esforço no chão xistos, fértil e íngreme. As povoações parecem rebanhos de casas pastando a verde paisagem e dão-lhe uma alegria alva e risonha.
Descendo as encostas íngremes, a que as videiras se agarram em filas e traços, encontramos a povoação de Veiga, um aglomerado de casas claras envolvido de verde, em sorriso alegre no fundo do vale, de pessoas simpáticas e comunicativas. É um verde fértil, festivo na abundância de hortas, de flores, de vinhas, de castas de uvas para vinho e para a mesa. De lá de baixo, do fundo do vale e olhando para as encostas que parecem tocar as nuvens, a visão é encantatória e chega a impressionar pela dimensão telúrica e humana que evidencia. De cima, da EN2, vê-se o vale profundo e plano enfeitado por desenhos de propriedades e vegetação, pelo Arcadela de águas límpidas e pelo sorriso alegre do casario.
As vinhas que dão uvas para o vinho do Porto empoleiram-se nos socalcos. As pessoas são de uma simpatia espontânea e comunicativa como só um povo que se habituou a tratar a mãe-terra por “tu” consegue ter. Amam o lugar onde vivem e estão-lhe gratas pela sua fertilidade.
“Não há terra como a Veiga em todo o Penaguião:
Penaguião só dá vinho, Veiga dá vinho e pão.”
Esta quadra, ensinada por um dos seus habitantes que no-la disse com um brilho de orgulho nos olhos, ilustra plenamente o que os olhos de todos os visitantes podem ver. Mas o Trilho, caprichoso e orgulhoso das suas belezas leva-nos a outros lugares. Todos eles têm algo de único, seja pela paisagem, seja pelas memórias gravadas nas pedras das capelas e das casas mais antigas.
Quando partimos, depois de percorridos todos os quilómetros, apetece-nos voltar uma e outra vez.
Local: Santa Marta de Penaguião
Do alto da capela de Santa Bárbara o olhar foge para a lonjura das cumeadas, que se perdem em gradações de cinzas e azuis, e delas regressa contrafeito. Com ele leva a imaginação e o sonho que alimentam a fantasia do partir à descoberta. Vila Real vê-se numa espécie de vista de pássaro em aproximação.
Os vinhedos e os olivais desenham os sulcos do esforço no chão xistos, fértil e íngreme. As povoações parecem rebanhos de casas pastando a verde paisagem e dão-lhe uma alegria alva e risonha.
Descendo as encostas íngremes, a que as videiras se agarram em filas e traços, encontramos a povoação de Veiga, um aglomerado de casas claras envolvido de verde, em sorriso alegre no fundo do vale, de pessoas simpáticas e comunicativas. É um verde fértil, festivo na abundância de hortas, de flores, de vinhas, de castas de uvas para vinho e para a mesa. De lá de baixo, do fundo do vale e olhando para as encostas que parecem tocar as nuvens, a visão é encantatória e chega a impressionar pela dimensão telúrica e humana que evidencia. De cima, da EN2, vê-se o vale profundo e plano enfeitado por desenhos de propriedades e vegetação, pelo Arcadela de águas límpidas e pelo sorriso alegre do casario.
As vinhas que dão uvas para o vinho do Porto empoleiram-se nos socalcos. As pessoas são de uma simpatia espontânea e comunicativa como só um povo que se habituou a tratar a mãe-terra por “tu” consegue ter. Amam o lugar onde vivem e estão-lhe gratas pela sua fertilidade.
“Não há terra como a Veiga em todo o Penaguião:
Penaguião só dá vinho, Veiga dá vinho e pão.”
Esta quadra, ensinada por um dos seus habitantes que no-la disse com um brilho de orgulho nos olhos, ilustra plenamente o que os olhos de todos os visitantes podem ver. Mas o Trilho, caprichoso e orgulhoso das suas belezas leva-nos a outros lugares. Todos eles têm algo de único, seja pela paisagem, seja pelas memórias gravadas nas pedras das capelas e das casas mais antigas.
Quando partimos, depois de percorridos todos os quilómetros, apetece-nos voltar uma e outra vez.
Local: Santa Marta de Penaguião