Com a igreja de Louredo no ponto de partida depressa o declive do solo nos convida a descer o caminho regular e fácil. Não se espante se, um pouco mais abaixo, em pleno Verão, encontrar uma borboleta-colibri ou qualquer outra espécie de lepidópetro em voo rendilhado procurando nas flores o pólen alimentar. É que Louredo é rica em espécies e ao longo de todo o Trilho vemo-las sobrevoando a aquilégia, a salgueirinha, a eupatória, ou em qualquer uma das muitas outras espécies vegetais que emolduram o percurso na Primavera, no Verão e mesmo Outono dentro. Seja como for, em baixo, antes de iniciar a subida que o levará ate pontos de onde poderá observar a paisagem generosa de Louredo, espera-o o rio Aguilhão ornado por dois moinhos. O caudal é sempre considerável, mas, como é óbvio, mais abundante no Inverno. Deste ponto baixo, impressiona observar o ponto de início do trilho, marcado pela igreja que parece um braço estendido para o céu de que se constitui metáfora.
Mais acima, e à medida que vamos adquirindo altitude, surgem as cumes montanhosas sobrepondo-se no horizonte que parece não ter fim. As riscas formadas pelos milhões de videiras desenham curvas de nível nas saliências e reentrâncias das encostas conferindo-lhes uma volumetria inigualável, um recorte e uma geometria singulares.
Por entre as dobras das encostas surgem, quase irreais, pequenas habitações de xisto, adornadas por patamares murados da mesma pedra que serviu para construir a casa, com videiras e uma ou outra figueira e laranjeira. Parecem brinquedos em tamanho real. E assim o trilho vai subindo por entre os povoados de gente simpática.
Mais adiante iniciamos a descida que nos conduz de novo ao Aguilhão. Acompanhamos o seu curso durante algumas dezenas de metros, já na subida para a igreja, que nos aguarda. Ao longo do caminho as árvores oferecem-se quer nas folhagens verdejantes quer no desenho caprichoso das suas ramagens no Outono tardio e no Inverno, estações em que os cogumelos surgem, ameaçadores e apetecíveis. Vale sempre a pena observá-las na beleza diversa que oferecem durante o ano. Castanheiros, carvalhos, medronhos, o omnipresente pinheiro-bravo, freixos, salgueiros e muitas outras espécies embelezam a paisagem bonita de Louredo. A flora, sendo rica, atrai aves e insectos, fazendo com que o trilho pareça curto, pois todos estes seres maravilhosos da natureza dialogam connosco ao longo de todo o percurso, assim saibamos nós escutá-lo.
Local: Santa Marta de Penaguião
Mais acima, e à medida que vamos adquirindo altitude, surgem as cumes montanhosas sobrepondo-se no horizonte que parece não ter fim. As riscas formadas pelos milhões de videiras desenham curvas de nível nas saliências e reentrâncias das encostas conferindo-lhes uma volumetria inigualável, um recorte e uma geometria singulares.
Por entre as dobras das encostas surgem, quase irreais, pequenas habitações de xisto, adornadas por patamares murados da mesma pedra que serviu para construir a casa, com videiras e uma ou outra figueira e laranjeira. Parecem brinquedos em tamanho real. E assim o trilho vai subindo por entre os povoados de gente simpática.
Mais adiante iniciamos a descida que nos conduz de novo ao Aguilhão. Acompanhamos o seu curso durante algumas dezenas de metros, já na subida para a igreja, que nos aguarda. Ao longo do caminho as árvores oferecem-se quer nas folhagens verdejantes quer no desenho caprichoso das suas ramagens no Outono tardio e no Inverno, estações em que os cogumelos surgem, ameaçadores e apetecíveis. Vale sempre a pena observá-las na beleza diversa que oferecem durante o ano. Castanheiros, carvalhos, medronhos, o omnipresente pinheiro-bravo, freixos, salgueiros e muitas outras espécies embelezam a paisagem bonita de Louredo. A flora, sendo rica, atrai aves e insectos, fazendo com que o trilho pareça curto, pois todos estes seres maravilhosos da natureza dialogam connosco ao longo de todo o percurso, assim saibamos nós escutá-lo.
Local: Santa Marta de Penaguião