O Soajo tem tradições de autonomia que remontam à nacionalidade... mas foi com os privilégios concedidos por D. Dinis, e mais tarde por D. João I, que o Soajo se firmou nos seus direitos concelhios.
Os privilégios diziam respeito ao corrente da vida, aos impostos e às liberdades, mas, principalmente à autoridade de não aceitar a pernoita de fidalgos. Esta exclusão dos nobres era da maior relevância, pois é sabido dos abusos e desmandos que o “direito de pousada” permitia aos fidalgos sobre as populações.
Por Foral de D. Manuel, datado de 1514, a dignidade de Sede de Concelho foi oficialmente reconhecida e perdurou até às reorganizações administrativas liberais, já do século XIX, que integraram o Soajo no Concelho dos Arcos. Esse é um espinho ainda hoje cravado na memória autonómica das gentes do Soajo...
Uma das marcas mais fortes da autonomia concelhia ainda está erguida em plena Praça Central. Trata-se de um pelourinho, constituído por uma simples coluna cilíndrica, encimada por uma carantonha esculpida em granito e coberta por uma laje triangular.
Este singular pelourinho, como todos aliás, destinava-se ao castigo público dos que atentavam contra as leis do Concelho. Tais castigos podiam incluir a exibição pública ou a punição física. O condenado era amarrado ao pelourinho para aí cumprir a sua pena, exposto a todos os que passavam ou assistiam ao castigo. Mesmo quando estas punições desapareceram, o pelourinho manteve o simbolismo do poder do Concelho e da autonomia dos homens livres.
Outro dos ex-libris do Soajo é o seu impressionante conjunto de espigueiros. Vale a pena passear por entre estas construções, e admirar os pormenores de cada um... Um espigueiro é fundamentalmente, um armazém de cereal, destinado a guardar as espigas e a impedir que se estraguem por Acão da intempérie ou por ladroagem de roedores. Por isso assentam em pilares que suportam mós redondas: nenhum rato consegue trepar tal obstáculo!
Em cima, os balaústres, separados por espaços destinados à ventilação, formam o canastro, onde se arrecada o cereal. As coberturas são geralmente lajes de granito, encimadas por cruzes protetoras. As portas costumam ser de madeira, por vezes cuidadosamente decoradas com motivos populares.
Local: Arcos de Valdevez
Os privilégios diziam respeito ao corrente da vida, aos impostos e às liberdades, mas, principalmente à autoridade de não aceitar a pernoita de fidalgos. Esta exclusão dos nobres era da maior relevância, pois é sabido dos abusos e desmandos que o “direito de pousada” permitia aos fidalgos sobre as populações.
Por Foral de D. Manuel, datado de 1514, a dignidade de Sede de Concelho foi oficialmente reconhecida e perdurou até às reorganizações administrativas liberais, já do século XIX, que integraram o Soajo no Concelho dos Arcos. Esse é um espinho ainda hoje cravado na memória autonómica das gentes do Soajo...
Uma das marcas mais fortes da autonomia concelhia ainda está erguida em plena Praça Central. Trata-se de um pelourinho, constituído por uma simples coluna cilíndrica, encimada por uma carantonha esculpida em granito e coberta por uma laje triangular.
Este singular pelourinho, como todos aliás, destinava-se ao castigo público dos que atentavam contra as leis do Concelho. Tais castigos podiam incluir a exibição pública ou a punição física. O condenado era amarrado ao pelourinho para aí cumprir a sua pena, exposto a todos os que passavam ou assistiam ao castigo. Mesmo quando estas punições desapareceram, o pelourinho manteve o simbolismo do poder do Concelho e da autonomia dos homens livres.
Outro dos ex-libris do Soajo é o seu impressionante conjunto de espigueiros. Vale a pena passear por entre estas construções, e admirar os pormenores de cada um... Um espigueiro é fundamentalmente, um armazém de cereal, destinado a guardar as espigas e a impedir que se estraguem por Acão da intempérie ou por ladroagem de roedores. Por isso assentam em pilares que suportam mós redondas: nenhum rato consegue trepar tal obstáculo!
Em cima, os balaústres, separados por espaços destinados à ventilação, formam o canastro, onde se arrecada o cereal. As coberturas são geralmente lajes de granito, encimadas por cruzes protetoras. As portas costumam ser de madeira, por vezes cuidadosamente decoradas com motivos populares.
Local: Arcos de Valdevez