Os antigos moinhos de vento e as “arrecadações” em xisto, hoje habitações de veraneio, anunciam a praia de Apúlia com “A areia fôfa, o mar sereno, as ondas cariciosas, a planície coberta de milharaes (...)”, como refere José Augusto Vieira no seu Minho Pitoresco. A praia da Apúlia, hoje, é conhecida principalmente como zona de veraneio. No entanto a baía, dadas as suas boas condições naturais, foi usada desde a presença romana na Península, como local de carga de mercadorias. Várias referências medievais surgem na documentação, provando a importância agrícola desta região. Quando as deslocações a banhos, para as praias, entraram nos hábitos quotidianos, a praia da Apúlia ganhou fama pelos elevados níveis de iodo registados. De todas as localidades próximas, Barcelos, Braga, Famalicão e Porto, os veraneantes passaram a procurar a Apúlia como destino de férias. Actualmente, por essa razão e pela excelência da baía, a praia da Apúlia continua convidativa para uma temporada de férias voltada ao Atlântico. O mar foi sempre uma fonte de riqueza a explorar. Aqui na Apúlia, para além do sal e do pescado, a exploração do sargaço foi uma das actividades agro-marítimas de maior expressão. Testemunho de uma época em que a recolha desse produto era uma faina importante são as barracas, montadas directamente sobre a duna, e onde eram guardados os utensílios da apanha.
Local: Esposende
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