A Lage das Fogaças, situada no Monte de Góios, em Lanhelas conectada visualmente com o Rio Minho e constitui um dos afloramentos de grandes dimensões profusamente ornamentados com motivos únicos no território português. Apresenta um número significativo de motivos zoomorfos com características clássicas da Arte Atlântica.
«Executadas durante a Idade do Bronze, as gravuras foram descobertas na superfície de uma laje localizada num pinhal situado entre a Chã das Carvalheiras e a localidade de Lanhelas, pelo conhecido investigador Abel Viana, entre as décadas de vinte e de trinta do século XX.
Com sensivelmente duzentos e cinquenta metros quadrados de superfície, a laje apresenta uma figuração esquematizada zoomórfica de um caprídeo, junto a um sulco com aproximadamente um metro e meio de comprimento, cortado por um fossete. Para além deste elemento, são ainda visíveis diversos motivos geométricos constituídos por uma figura quase retangular, a qual encerra, por sua vez, uma espiral e linhas retas e curvas. As diferenças observadas em termos de largura e de profundidade dos sulcos efetuados, a par do aparente agrupamento dos mesmos, parecem reforçar a teoria avançada anteriormente por A. Viana, segundo a qual teriam sido efetuados em épocas distintas, como parecem, aliás, indicar fatores tão essenciais, como a técnica utilizada na gravação das figurações.
Mais recentemente, inseriu-se este arqueossítio na tipologia genérica das gravuras rupestres do Grupo I - "Antigo" ou "Clássico" - característico da Idade do Bronze do Noroeste peninsular, uma ideia que parece ser reforçada pela existência, em toda esta região, de numerosos testemunhos deste tipo de
arqueossítio. [AMartins]»
Fonte: http://www.patrimoniocultural.pt/
Local: Caminha