O alvéolo de Moldes é o enfoque principal da panorâmica observada a partir do Côto do Boi. Este alvéolo apresenta uma forma de concha e desenvolve-se em zona depressionada do quartzodiorito de Arouca, sendo drenado pela ribeira de Moldes, afluente do rio Paiva – bacia hidrográfica do Douro. Na base deste alvéolo assenta a região central da freguesia de Moldes e nas suas encostas ocorrem as aldeias de Espinho, Chão de Espinho, Bustelo, Adaúfe e Espinheiro. O Côto do Boi designa, de acordo com a sabedoria popular e a morfologia deste local, o dorso de um boi sem rabo. Este tergo marcado na paisagem é drenado a este pela ribeira do Côto do Boi, importante pista de canyoning do Arouca Geopark, e a oeste pela ribeira de Roças, ambas afluentes da ribeira de Moldes que drena todo o alvéolo homónimo. Para norte e no alinhamento da estrada regional Arouca-S. Pedro do Sul (ER 326) é definido o contacto litológico entre as rochas metamórficas ante-ordovícicas que encontramos no topo do Côto do Boi e o quartzodiorito de Arouca. Neste geossítio merecem, ainda, particular relevância os minerais de andaluzite, de grande dimensão, que ocorrem nas rochas metamórficas mascarando a sua xistosidade. As andaluzites são silicatos de alumínio (Al2SiO5), polimorfos da silimanite e da distena. Estes são considerados minerais-índice pois definem a que pressões e temperaturas a rocha metamórfica foi formada.
Local: Arouca
Local: Arouca