A história da Casa São Roque (antiga Casa Ramos Pinto) remonta a 1759, altura em que funcionou como mansão e pavilhão de caça, como era típico na burguesia e nas famílias nobres do Porto. No século XIX, pertenceu à família Ramos Pinto, um dos mais conhecidos produtores e exportadores de vinho do Porto. Pouco tempo depois, entre 1900 e 1911, o arquitecto José Marques da Silva realizou uma remodelação e expansão da casa.
O edifício mantém hoje o seu original estilo ecléctico, introduzido com a remodelação de Marques da Silva, que se inspirou nos historicismos franceses do século XIX e na art nouveau belga, tendo sido recentemente reabilitado sob a supervisão do arquitecto João Mendes Ribeiro.
A Casa São Roque é hoje um exemplar marcante das casas da época no Porto, pelas suas caraterísticas arquitetónicas e decorativas onde o seu jardim de inverno é um exemplar único.
A Casa é circundada pelo Jardim do Parque de São Roque, com mais de 4 hectares, que teve uma intervenção do jardineiro histórico do Porto Jacinto de Matos. As suas camélias centenárias, mirante, gruta e caramanchão permanecem como sinais importantes dos jardins da época.
Através de uma discreta apresentação de obras suas que fazem parte da coleção de Peter Meeker (Pedro Álvares Ribeiro), assim com de intervenções site-specific, Ana Jotta visita a velha casa que esteve abandonada durante muitos anos, agora restaurada pelos novos inquilinos e transformada num novo centro de arte contemporânea.
Local: Porto