Há quem defenda que a génese dos Lenços de Namorados, ou de Amor, se deve aos lenços senhoris do Séc. XVII - XVIII, transformados posteriormente pelas mulheres do povo, transpondo-lhes uma configuração mais simples quer nas suas expressões, quer nas técnicas e materiais usados no seu fabrico.
Estes “lenços” integravam o traje das senhoras, podendo ter assumido duas funções: utilidade decorativa e conquista do namorado.
Assim, quanto à conquista do namorado, quando as raparigas estavam na idade de casar preparavam o seu “lenço” bordado através de um pano de linho fino ou de um lenço de algodão com os conhecimentos que possuíam sobre o ponto de cruz que outrora lhes haviam sido ensinados pelas suas mães ou avós.
Bordado o “lenço”, a rapariga enviava-o ao rapaz que elegeu para ser seu namorado. Ela seria correspondida se ele o usasse publicamente, o que a acontecer seria o início de uma relação amorosa.
Entretanto, os “Lenços de Namorados” foram sofrendo alterações tendo o ponto de cruz sido parcialmente substituído pelo ponto corrido e o preto e o vermelho inicial deram origem a uma grande diversidade cores.
Estes “lenços” eram, de facto, a expressivos da simplicidade do amor e da ingenuidade dos sentimentos das raparigas.
Bordados com sentimentos
Os “Lenços de Namorados” são uma forte herança cultural muito presente no quotidiano dos Vilaverdenses. Estes bordados concebidos sobre linho fino ou algodão, evidenciam uma forma prática e graciosa de como as senhoras utilizavam os recursos naturais existentes no concelho de Vila Verde.
Os sentimentos de amor retratados nos “Lenços de Namorados”, colocados em ponto de cruz e, geralmente nos serões, levavam muito tempo até que a sua confeção ficasse concluída.
As quadras populares, reforçados pelas temáticas religiosas, da natureza, das vindimas, da emigração para o Brasil - navio e pomba que carrega uma carta e as cores exuberantes das linhas, assumiam os sentimentos das suas autoras por um determinado rapaz que, se estivesse interessado no namoro, comprometia-se com esta relação pondo o lenço ao pescoço. Se a rapariga não fosse correspondida, o rapaz devolvia-lhe o lenço.
Os lenços transportavam, pois, sentimentos amorosos das raparigas quando tinham idade para casar, revelados por símbolos amorosos como a fidelidade, a dedicação e a amizade.
"Aqui tens o meu coração
E a chabe pró abrir
Num tenho mais que te dar
Nem tu mais que me pedir"
Lenço das Quadras, Vila Verde, 1950.
Onde Comprar:
Aliança Artesanal
Av. Dr. Bernardo Brito Ferreira
4730-716 Vila Verde
Telefone: +351 253 310 580 / +351 253 322 462
Fax: +351 253 322 462
E-mail: igualdade@aliancartesanal.pt
Website: http://www.aliancartesanal.pt
Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 09H00 às 13H00 e das 14H00 às 18H00
Associação Cultural e Recreativa e Musical de Aboim da Nóbrega
Lugar da Igreja
4730-010 Aboim da Nóbrega
Telefone: +351 253 341 467
E-mail: acrman@gmail.com
Glória de Jesus M. Araújo Gomes
Lugar de Baceiros, n.º 137
4730-550 Prado. S. Miguel
Telefone: +351 966 380 681
Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 09H00 às 13H00 e das 14H00 às 18H00
Glória de Sousa
Lugar de Gandarela
4730-010 Aboim da Nóbrega
Telefone: +351 253 341 367
Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 09H00 às 13H00 e das 14H00 às 18H00
Maria Manuela Correia Sousa
Travessa da Penam, 20
4730-161 Esqueiros
Telefone: +351 933 143 292
Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 09H00 às 13H00 e das 14H00 às 18H00
Mi-Linha
Av. 1º de Maio, nº 44 R/C
4730-272 Loureira
Telefone: +351 253 321 333
Horário de funcionamento: Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 09H00 às 12H30 e das 14H30 às 19H00. Sábado, das 9H00 às 12H30
Teciborda - Artesanato Regional
Maria do Céu Alves Cunha
Av. Dr. Bernardo Brito nº. 272
4730-716 Vila Verde
Telefone: +351 253 324 699 934933684
E-mail: geral@teciborda.com
Website: www.teciborda.com
Horário de funcionamento: Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 09H00 às 12H30 e das 14H00 às 19H00. Sábado, das 9H00 às 13H00 e das 15H00 às 19H00
Local: Vila Verde
Estes “lenços” integravam o traje das senhoras, podendo ter assumido duas funções: utilidade decorativa e conquista do namorado.
Assim, quanto à conquista do namorado, quando as raparigas estavam na idade de casar preparavam o seu “lenço” bordado através de um pano de linho fino ou de um lenço de algodão com os conhecimentos que possuíam sobre o ponto de cruz que outrora lhes haviam sido ensinados pelas suas mães ou avós.
Bordado o “lenço”, a rapariga enviava-o ao rapaz que elegeu para ser seu namorado. Ela seria correspondida se ele o usasse publicamente, o que a acontecer seria o início de uma relação amorosa.
Entretanto, os “Lenços de Namorados” foram sofrendo alterações tendo o ponto de cruz sido parcialmente substituído pelo ponto corrido e o preto e o vermelho inicial deram origem a uma grande diversidade cores.
Estes “lenços” eram, de facto, a expressivos da simplicidade do amor e da ingenuidade dos sentimentos das raparigas.
Bordados com sentimentos
Os “Lenços de Namorados” são uma forte herança cultural muito presente no quotidiano dos Vilaverdenses. Estes bordados concebidos sobre linho fino ou algodão, evidenciam uma forma prática e graciosa de como as senhoras utilizavam os recursos naturais existentes no concelho de Vila Verde.
Os sentimentos de amor retratados nos “Lenços de Namorados”, colocados em ponto de cruz e, geralmente nos serões, levavam muito tempo até que a sua confeção ficasse concluída.
As quadras populares, reforçados pelas temáticas religiosas, da natureza, das vindimas, da emigração para o Brasil - navio e pomba que carrega uma carta e as cores exuberantes das linhas, assumiam os sentimentos das suas autoras por um determinado rapaz que, se estivesse interessado no namoro, comprometia-se com esta relação pondo o lenço ao pescoço. Se a rapariga não fosse correspondida, o rapaz devolvia-lhe o lenço.
Os lenços transportavam, pois, sentimentos amorosos das raparigas quando tinham idade para casar, revelados por símbolos amorosos como a fidelidade, a dedicação e a amizade.
"Aqui tens o meu coração
E a chabe pró abrir
Num tenho mais que te dar
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4730-716 Vila Verde
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Lugar de Baceiros, n.º 137
4730-550 Prado. S. Miguel
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Lugar de Gandarela
4730-010 Aboim da Nóbrega
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