A Área Entre Soutos é uma zona de vale, onde a humidade relativa do ar assume valores significativos. Trata-se de uma área praticamente plana, com boa exposição solar e que apenas próximo dos limites Nascente e Poente apresenta zonas com declivosidade moderada e sujeitas a maior ensombramento.
A área é rica em património, sobretudo pelo conjunto de azenhas existentes nas margens do Ave. Açudes, pontões, esteios e antigas ramadas são outros elementos importantes.
A água, o solo agrícola e a floresta são como “três recursos naturais por excelência”.
As zonas de alternância entre as zonas de agricultura (tradicional) e as de bosque oferecem, mercê da presença de descontinuidades, sebes e cursos de água, proporcionando uma diversidade de habitats que podem ser explorados por diferentes espécies, sendo de grande importância a sua conservação.
A galeria ripícola desempenha funções essenciais para que o equilíbrio ecológico característico das margens ribeirinhas permaneça.
Na área do Parque, ao longo das linhas de água, encontram-se árvores junto às margens, constituindo um povoamento ripícola em galeria, embora bastante depauperado, aparecendo sob a forma de árvores dispersas. Das espécies de maior porte (estrato arbóreo e arbustivo), destaca-se o amieiro (Alnus glutinosa), o freixo (Fraxinus angustifolia, essencialmente nos terraços aluvionares mais largos do Ave), o salgueiro cinzento (Salix atrocinerea), o plátano (Platanus hybrida) e a borrazeira-preta (Salix atrocinerea). Relativamente às formações herbáceas, é comum o embude (Oenanthe crocata) e alpista-de-água (Phalaris arundinacea), que formam comunidades presentes em cursos de água corrente muito ricos em nitratos. Sobre terrenos aluvionares, a várzea distingue-se pela sua fertilidade de excepção. Correspondendo à boa fertilidade do solo e ao clima favorável, encontram-se, ao longo da área do Parque, diversas explorações agrícolas, predominando o milho e a vinha. Associado a este ambiente heterogéneo existe um conjunto de animais que se adaptou à ecologia específica deste ecossistema, caracterizada sobretudo pelas espécies vegetais cultivadas. Assim, existem várias espécies faunísticas que utilizam os diferentes componentes estruturais da paisagem de modo distinto. Como exemplo, o sapo-comum abriga-se no interior dos muros, alimentando-se de vermes e outros invertebrados nos campos de cultura, enquanto a toupeira vive em galerias sob o solo. Por outro lado, certas aves, como a carriça, preferem a vegetação arbustiva que se encontra a recobrir os muros e a delimitar os terrenos de cultivo.
É de destacar a presença de espécies citadas no Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal com a classificação de vulneráveis ou mesmo em perigo, como a Seixoeira, o Perna-verde, o Maçarico-das-Rochas, a Garça imperial ou a Andorinha-do-mar.
É de salientar ainda o facto de que, nas ribeiras que afluem nesta área, existem ainda comunidades de anfíbios como a rã ibérica, o tritão de ventre laranja e a salamandra lusitânica, espécies de distribuição muito reduzida que, por essa razão, têm o estatuto de quase ameaçado, atribuído pela UINC – União Internacional para a Conservação da Natureza.
É de realçar a biodiversidade faunística existente, mesmo numa área com zonas bastante degradadas. Este facto incute mais esperança para a potencialidade do local em alojar ainda uma maior diversidade (faunística e florística), tornando-se numa Área de Refúgio.
A diversidade e a natureza dos componentes florísticos desta formação vegetal determinam a quantidade de radiação solar que chega à água, assim como alterações de temperatura. Por outro lado, oferecem locais de abrigo e reprodução a várias espécies faunísticas, como a galinha-d’água ou o maçarico-das-rochas, e levam à produção de apreciáveis quantidades de matéria orgânica, com importantes reflexos sobre a quantidade e qualidade de organismos decompositores presentes.
Local: Trofa
A área é rica em património, sobretudo pelo conjunto de azenhas existentes nas margens do Ave. Açudes, pontões, esteios e antigas ramadas são outros elementos importantes.
A água, o solo agrícola e a floresta são como “três recursos naturais por excelência”.
As zonas de alternância entre as zonas de agricultura (tradicional) e as de bosque oferecem, mercê da presença de descontinuidades, sebes e cursos de água, proporcionando uma diversidade de habitats que podem ser explorados por diferentes espécies, sendo de grande importância a sua conservação.
A galeria ripícola desempenha funções essenciais para que o equilíbrio ecológico característico das margens ribeirinhas permaneça.
Na área do Parque, ao longo das linhas de água, encontram-se árvores junto às margens, constituindo um povoamento ripícola em galeria, embora bastante depauperado, aparecendo sob a forma de árvores dispersas. Das espécies de maior porte (estrato arbóreo e arbustivo), destaca-se o amieiro (Alnus glutinosa), o freixo (Fraxinus angustifolia, essencialmente nos terraços aluvionares mais largos do Ave), o salgueiro cinzento (Salix atrocinerea), o plátano (Platanus hybrida) e a borrazeira-preta (Salix atrocinerea). Relativamente às formações herbáceas, é comum o embude (Oenanthe crocata) e alpista-de-água (Phalaris arundinacea), que formam comunidades presentes em cursos de água corrente muito ricos em nitratos. Sobre terrenos aluvionares, a várzea distingue-se pela sua fertilidade de excepção. Correspondendo à boa fertilidade do solo e ao clima favorável, encontram-se, ao longo da área do Parque, diversas explorações agrícolas, predominando o milho e a vinha. Associado a este ambiente heterogéneo existe um conjunto de animais que se adaptou à ecologia específica deste ecossistema, caracterizada sobretudo pelas espécies vegetais cultivadas. Assim, existem várias espécies faunísticas que utilizam os diferentes componentes estruturais da paisagem de modo distinto. Como exemplo, o sapo-comum abriga-se no interior dos muros, alimentando-se de vermes e outros invertebrados nos campos de cultura, enquanto a toupeira vive em galerias sob o solo. Por outro lado, certas aves, como a carriça, preferem a vegetação arbustiva que se encontra a recobrir os muros e a delimitar os terrenos de cultivo.
É de destacar a presença de espécies citadas no Livro Vermelho de Vertebrados de Portugal com a classificação de vulneráveis ou mesmo em perigo, como a Seixoeira, o Perna-verde, o Maçarico-das-Rochas, a Garça imperial ou a Andorinha-do-mar.
É de salientar ainda o facto de que, nas ribeiras que afluem nesta área, existem ainda comunidades de anfíbios como a rã ibérica, o tritão de ventre laranja e a salamandra lusitânica, espécies de distribuição muito reduzida que, por essa razão, têm o estatuto de quase ameaçado, atribuído pela UINC – União Internacional para a Conservação da Natureza.
É de realçar a biodiversidade faunística existente, mesmo numa área com zonas bastante degradadas. Este facto incute mais esperança para a potencialidade do local em alojar ainda uma maior diversidade (faunística e florística), tornando-se numa Área de Refúgio.
A diversidade e a natureza dos componentes florísticos desta formação vegetal determinam a quantidade de radiação solar que chega à água, assim como alterações de temperatura. Por outro lado, oferecem locais de abrigo e reprodução a várias espécies faunísticas, como a galinha-d’água ou o maçarico-das-rochas, e levam à produção de apreciáveis quantidades de matéria orgânica, com importantes reflexos sobre a quantidade e qualidade de organismos decompositores presentes.
Local: Trofa