De uma ideia de confluência entre o acto de desenhar o mar e a incorporação da sua fluidez surge a presente exposição.
É a identificação da linha com a fluidez da água, a percepção dos veios da rocha como linhas desenhadas ao longo da fluidez do tempo. É também o reconhecimento do corpo e, por consequência, do gesto e das suas instabilidades, como partes integrantes de um discurso natural.
Abordando dois meios de encontro com o mar, a exposição adopta também duas vias, evocando diferentes temporalidades. Por um lado, apresenta a tentativa de
correspondência da linha desenhada com a ondulação, num exercício háptico que requer a presença do mar. Por outro, propõe a ideia de construção de um mar autónomo, ditado pelo compromisso de desenhar um mar-diário. Os desenhos resultantes são desenhos meditativos que permitem rememorar ou captar ondulações, manifestações de estados ou inquietações, espelhados no acto repetitivo do desenho.
O tempo, a data e o local são apontados. São assumidos enquanto fenómenos naturais, obedecem a um padrão e ainda assim são irrepetíveis. E, como num diário, são
apontados pensamentos (sobre o processo do desenho, sobre o mar, a imaginação da água ou sobre uma qualquer reflexão natural).
Esta exposição propõe dar acesso a este processo de diálogo com o mar, com exercícios vários de encontro, com fragmentos de pensamentos e, por fim, com a materialização de um mar, construído através da linguagem do desenho.
Uma forma última de identificação com o referente, trazido simbolicamente para o espaço expositivo.
JOANA PATRÃO
A investigação artística de Joana Patrão tem vindo a debruçar-se no estudo da Paisagem enquanto processo - de encontro natural a construção simbólica. Da incorporação de manifestações e poesias naturais à sua posterior reencenação, procura diferentes modos de veicular relações com a Natureza. Esta prática materializa-se através de processos criativos que consideram a agência da Natureza e construções à distância, tidas como meios de (re)aproximação. Novas paisagens enquanto propostas artísticas desenvolvem-se na mediação entre discursos naturais e um processo de interiorização, especulação imagética posterior.
Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende
É a identificação da linha com a fluidez da água, a percepção dos veios da rocha como linhas desenhadas ao longo da fluidez do tempo. É também o reconhecimento do corpo e, por consequência, do gesto e das suas instabilidades, como partes integrantes de um discurso natural.
Abordando dois meios de encontro com o mar, a exposição adopta também duas vias, evocando diferentes temporalidades. Por um lado, apresenta a tentativa de
correspondência da linha desenhada com a ondulação, num exercício háptico que requer a presença do mar. Por outro, propõe a ideia de construção de um mar autónomo, ditado pelo compromisso de desenhar um mar-diário. Os desenhos resultantes são desenhos meditativos que permitem rememorar ou captar ondulações, manifestações de estados ou inquietações, espelhados no acto repetitivo do desenho.
O tempo, a data e o local são apontados. São assumidos enquanto fenómenos naturais, obedecem a um padrão e ainda assim são irrepetíveis. E, como num diário, são
apontados pensamentos (sobre o processo do desenho, sobre o mar, a imaginação da água ou sobre uma qualquer reflexão natural).
Esta exposição propõe dar acesso a este processo de diálogo com o mar, com exercícios vários de encontro, com fragmentos de pensamentos e, por fim, com a materialização de um mar, construído através da linguagem do desenho.
Uma forma última de identificação com o referente, trazido simbolicamente para o espaço expositivo.
JOANA PATRÃO
A investigação artística de Joana Patrão tem vindo a debruçar-se no estudo da Paisagem enquanto processo - de encontro natural a construção simbólica. Da incorporação de manifestações e poesias naturais à sua posterior reencenação, procura diferentes modos de veicular relações com a Natureza. Esta prática materializa-se através de processos criativos que consideram a agência da Natureza e construções à distância, tidas como meios de (re)aproximação. Novas paisagens enquanto propostas artísticas desenvolvem-se na mediação entre discursos naturais e um processo de interiorização, especulação imagética posterior.
Lugar do Desenho - Fundação Júlio Resende